A imunoterapia é uma abordagem moderna e promissora no tratamento de doenças oncológicas e hematológicas. Ao contrário da quimioterapia, que atua diretamente contra as células doentes, a imunoterapia estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células anormais com mais eficácia.
Como a imunoterapia funciona?
Nosso sistema imunológico é responsável por identificar e eliminar ameaças ao organismo, como vírus, bactérias e células defeituosas. No entanto, algumas doenças, como certos tipos de câncer, conseguem “driblar” o sistema imune, impedindo que ele atue como deveria.
A imunoterapia entra em cena para restaurar, potencializar ou direcionar essa resposta imune. Isso pode ser feito de várias formas, com medicamentos ou substâncias que:
🔹 Estimulam as defesas naturais do organismo
🔹 Reforçam o reconhecimento das células doentes
🔹 Interrompem os mecanismos usados pelas células doentes para se esconder
Em quais doenças a imunoterapia pode ser usada?
Na hematologia, a imunoterapia tem se mostrado eficaz em casos como:
- Linfomas
- Leucemias
- Mieloma múltiplo
- Síndromes mielodisplásicas
Além disso, também é amplamente utilizada na oncologia, tratando tumores como melanoma, câncer de pulmão, rim, entre outros.
Quais são os principais tipos de imunoterapia?
- Anticorpos monoclonais: substâncias produzidas em laboratório que se ligam a alvos específicos nas células doentes.
- Inibidores de checkpoint imunológico: removem os “freios” do sistema imune, permitindo que ele ataque as células tumorais.
- Vacinas terapêuticas: treinam o sistema imune para reconhecer certos tipos de células doentes.
- Terapia com células CAR-T: tecnologia inovadora que modifica geneticamente células do sistema imune do próprio paciente para que ataquem o câncer.
Quais os efeitos colaterais da imunoterapia?
Como qualquer tratamento, a imunoterapia pode causar efeitos colaterais. No entanto, eles tendem a ser diferentes dos observados na quimioterapia. Os mais comuns incluem:
- Fadiga
- Febre
- Reações alérgicas leves
- Inflamações causadas pela ativação do sistema imunológico (como nas articulações, intestino ou pulmões)
A maioria dos efeitos pode ser controlada com acompanhamento médico adequado.
O grande diferencial da imunoterapia está na sua capacidade de personalizar o combate às doenças, respeitando o funcionamento do próprio corpo. Por isso, ela tem sido considerada uma das maiores revoluções da medicina nos últimos anos.