Linfoma Hodgkin
Linfoma Hodgkin

O linfoma de Hodgkin (LH) é um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático — uma parte essencial do nosso sistema imunológico. Ele começa quando certos glóbulos brancos (os linfócitos) passam a se comportar de maneira anormal, dando origem a uma célula maligna conhecida como célula de Reed-Sternberg.

Essa célula desencadeia uma reação inflamatória no organismo, sendo cercada por outras células normais de defesa. Juntas, elas formam a massa tumoral característica da doença.

Onde o linfoma pode aparecer?

O tecido linfático está espalhado por todo o corpo, o que significa que o LH pode surgir em várias regiões. Porém, os gânglios linfáticos do pescoço, tórax e axilas são os locais mais comuns de início.

O que causa o Linfoma de Hodgkin?

Ainda não se conhece uma causa exata. O que se sabe é que se trata de uma doença adquirida, e não hereditária. O LH representa cerca de 20% dos linfomas e pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum em jovens entre 25 e 30 anos.

Tipos de Linfoma de Hodgkin

O LH é dividido em dois grandes grupos:

✔️ Predominância Linfocitária Nodular

Mais comum em adultos jovens, geralmente afeta gânglios do pescoço e tórax. É uma forma altamente curável e, em geral, não atinge outros órgãos.

✔️ Linfoma de Hodgkin Clássico

Dividido em quatro subtipos:

  • Esclerose Nodular: o mais comum em adolescentes e jovens. Costuma afetar áreas cervicais e mediastinais.
  • Rico em Linfócitos: semelhante ao tipo nodular, mais frequente em homens.
  • Celularidade Mista: mais comum em homens idosos e em pacientes com HIV. Associado a estágios mais avançados.
  • Depleção Linfocitária: raro, ocorre em idosos e imunossuprimidos, e pode se confundir com linfomas não-Hodgkin.

Sinais e sintomas: quando procurar ajuda

O corpo costuma dar sinais quando algo não vai bem. Os gânglios aumentados (sem dor) são um dos primeiros indícios da doença, principalmente no pescoço, axilas e virilhas.

Outros sintomas importantes incluem:

  • Febre sem causa aparente
  • Suor noturno excessivo
  • Perda de peso involuntária
  • Coceira na pele
  • Aumento do baço (esplenomegalia)
  • Tosse, dor torácica ou dificuldade para respirar (em casos com gânglios no tórax)

Como é feito o diagnóstico?

O primeiro passo é uma avaliação clínica detalhada, com exame físico e histórico dos sintomas. Alguns exames fundamentais incluem:

🔬 Hemograma completo

Ajuda na avaliação inicial e no acompanhamento do paciente.

🧪 Biópsia do linfonodo

É o exame mais importante para confirmar o diagnóstico. A biópsia deve ser feita com a remoção total ou parcial do gânglio, pois a arquitetura do tecido é essencial para o diagnóstico correto.

🦴 Biópsia da medula óssea

Avalia se a doença atingiu a medula, podendo ser solicitada em alguns casos.

🖥️ Exames de imagem

  • Tomografia Computadorizada (TC): avalia o tamanho e a localização dos gânglios afetados.
  • Ressonância Magnética (RM): usada em casos específicos, oferece imagens detalhadas.
  • PET Scan: destaca áreas com atividade anormal da doença, inclusive identificando respostas ao tratamento.

Existe cura para o Linfoma de Hodgkin?

Sim. O linfoma de Hodgkin tem altas taxas de cura, especialmente quando diagnosticado precocemente. O tratamento visa alcançar a remissão completa da doença e pode incluir:

  • Quimioterapia
  • Radioterapia
  • Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas
  • Imunoterapia

O plano terapêutico ideal é sempre definido de forma individualizada, considerando o estágio da doença, idade e condições gerais do paciente.

Fique atento e cuide da sua saúde

Percebeu algum sintoma? Notou gânglios aumentados ou alterações persistentes no seu corpo? Não hesite em procurar um especialista. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no sucesso do tratamento.