O Linfoma Não-Hodgkin é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, responsável pela defesa do organismo. Diferente do Linfoma de Hodgkin, o LNH representa um grupo complexo de mais de 80 subtipos diferentes da doença, que se originam de dois tipos principais de células: os linfócitos B e T.
Sua classificação depende de vários fatores, como o tipo celular afetado, a velocidade de crescimento e o padrão que as células apresentam ao microscópio. Essas informações são essenciais para determinar o melhor plano de tratamento.
O LNH pode surgir em diversas partes do corpo, dentro ou fora dos linfonodos, e representa cerca de 80% dos casos de linfoma. Com o passar dos anos, principalmente nas últimas duas décadas, os diagnósticos aumentaram significativamente, sobretudo em pessoas com mais de 60 anos.
Classificação Clínica
Para facilitar o entendimento e o acompanhamento médico, o Linfoma Não-Hodgkin pode ser dividido em dois grandes grupos:
🔹 Linfomas Indolentes:
Crescimento lento, podendo levar anos para se desenvolver. Em alguns casos, é possível apenas observar e monitorar o paciente sem iniciar o tratamento de imediato.
🔹 Linfomas Agressivos:
Crescimento rápido e progressão acelerada. Exigem diagnóstico precoce e início imediato do tratamento.
Quais são os sintomas?
Embora existam muitos subtipos de LNH, os sintomas costumam ser semelhantes:
- Aumento dos linfonodos (carocinhos no pescoço, axilas ou virilha);
- Perda de peso inexplicável;
- Febre persistente;
- Suor noturno em excesso;
- Fadiga e fraqueza generalizada;
- Coceira na pele;
- Aumento do baço (esplenomegalia).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do Linfoma Não-Hodgkin envolve uma série de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. O processo começa com a avaliação física dos linfonodos e pode incluir:
🔬 Biópsia do linfonodo:
É o principal exame para confirmar o diagnóstico. Um linfonodo aumentado é retirado e analisado em laboratório. O procedimento ideal é a remoção completa do linfonodo, pois isso permite uma avaliação completa de sua estrutura.
🩸 Biópsia da medula óssea:
Ajuda a determinar se o linfoma afetou também a medula óssea.
📸 Exames de imagem:
- Tomografia Computadorizada (TC) – Avalia linfonodos e órgãos internos.
- Ressonância Magnética (RM) – Fornece imagens detalhadas dos tecidos.
- PET Scan – Detecta a atividade metabólica dos tecidos e avalia a resposta ao tratamento.
O Linfoma Não-Hodgkin tem cura?
Sim, o Linfoma Não-Hodgkin pode ser tratado com sucesso, especialmente quando diagnosticado precocemente. As taxas de cura variam entre 60% e 70%, dependendo do tipo e estágio da doença.
Principais opções de tratamento:
💉 Quimioterapia
🎯 Terapia-Alvo
🛡️ Imunoterapia
🌡️ Radioterapia
🔄 Transplante de Medula Óssea
🧬 CAR-T Cell Therapy
Cada paciente é único, e o plano de tratamento será personalizado com base no tipo específico de linfoma, extensão da doença, idade, estado geral de saúde e resposta aos tratamentos.