A Púrpura Trombocitopênica Imune (PTI), também conhecida como púrpura trombocitopênica idiopática, é uma doença autoimune que afeta as plaquetas, células fundamentais para a coagulação do sangue.
Nessa condição, o próprio sistema imunológico ataca e destrói as plaquetas, fazendo com que seus níveis no sangue fiquem muito baixos — o que aumenta o risco de sangramentos e hematomas espontâneos.
Quais são os principais sintomas da PTI?
Os sintomas podem variar de leves a graves, dependendo da quantidade de plaquetas. Entre os mais comuns estão:
- Manchas roxas ou avermelhadas na pele (púrpuras e petéquias)
- Sangramentos nas gengivas ou nariz (epistaxe)
- Sangramentos menstruais intensos
- Hematomas que surgem com facilidade
- Sangue na urina ou nas fezes, em casos mais graves
Em geral, a PTI não causa dor e muitas vezes é descoberta em exames de sangue de rotina.
Quais são as causas?
Na maioria dos casos, a PTI é considerada idiopática, ou seja, sem uma causa específica identificada. Porém, em alguns pacientes, ela pode estar associada a:
- Infecções virais (como hepatite, HIV, mononucleose)
- Uso de determinados medicamentos
- Doenças autoimunes, como lúpus
- Raramente, após vacinação
Ela pode surgir em crianças (geralmente de forma aguda e passageira) ou em adultos (com maior risco de cronificação).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Púrpura Trombocitopênica é clínico e laboratorial. Os principais exames incluem:
- Hemograma completo: revela a queda isolada das plaquetas, com os demais componentes do sangue normais.
- Exames complementares: para excluir outras causas de trombocitopenia, como doenças infecciosas, uso de medicamentos, problemas na medula óssea ou outras doenças hematológicas.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar um mielograma para avaliar a produção de plaquetas na medula óssea.
Qual é o tratamento da PTI?
O tratamento depende da quantidade de plaquetas e da presença de sintomas. Nem todos os casos exigem medicação imediata.
As principais abordagens são:
🔸 Corticoides
Usados para reduzir a atividade do sistema imunológico e impedir a destruição das plaquetas.
🔸 Imunoglobulina intravenosa (IVIG)
Indicado para aumentar rapidamente o número de plaquetas, especialmente em situações de emergência.
🔸 Medicamentos imunossupressores
Como o rituximabe, usados em casos de resposta insuficiente aos corticoides.
🔸 Esplenectomia
Cirurgia para retirada do baço (órgão responsável por eliminar as plaquetas), indicada em casos refratários.
🔸 Novas terapias
Como os agonistas do receptor de trombopoetina, que estimulam a produção de plaquetas pela medula óssea.
Acompanhamento é essencial
A Púrpura Trombocitopênica Imune é uma condição que exige avaliação individualizada e acompanhamento regular com um hematologista, já que a resposta ao tratamento pode variar de pessoa para pessoa.